Por ela não dei nada.
Arrisquei, a medo, uma mão - por ser para ti.
Pus-vos à vontade. (negaram)
Convenceste-me então a entregar as duas.
No fogo - as minhas duas mãos, por ti (não por ela).
Tudo porque fomos um, um dia, e isso fez-me confiar.
De repente, mais forte que nos outros dias todos,
Senti o orgulho ferido.
Fiz cara feia.
Fria.
Tocou-te? ... só por causa da cara, não?!
(desconhecida esta, não é?)
De repente nem orgulho, nem mãos.
No fogo, por ti.
Uma interrogação que não acaba no tempo. Para trás.
Mataste tudo o que fomos.
Duas feridas para uma vida inteira.
E a frieza de quem não dará nada senão a pele.
E nunca, NUNCA, mais que a pele.