sábado, 8 de maio de 2010

confirmação: Roubaram-me a arte de Confiar.

Por ela não dei nada.
Arrisquei, a medo, uma mão - por ser para ti.
Pus-vos à vontade. (negaram)
Convenceste-me então a entregar as duas.
No fogo - as minhas duas mãos, por ti (não por ela).
Tudo porque fomos um, um dia, e isso fez-me confiar.

De repente, mais forte que nos outros dias todos,
Senti o orgulho ferido.
Fiz cara feia.
Fria.

Tocou-te? ... só por causa da cara, não?!
(desconhecida esta, não é?)

De repente nem orgulho, nem mãos.
No fogo, por ti.
Uma interrogação que não acaba no tempo. Para trás.
Mataste tudo o que fomos.

Duas feridas para uma vida inteira.
E a frieza de quem não dará nada senão a pele.
E nunca, NUNCA, mais que a pele.

1 comentário:

mdenada disse...

ÓPTIMO. Pena a ferida...