sexta-feira, 4 de abril de 2008

Reticente(mente)

"O amor é como uma ponte e cada pilar tem de estar bem assente por si próprio na sua própria margem. Buscar o apoio do pilar na própria ponte é meio caminho para tudo se desmoronar. (...)
Só pode amar quem aceita viver a sua própria solidão e sabe que não precisa do outro para sobreviver. A solidão não é o contrário do amor – como os homens muitas vezes pensam -, é o seu alicerce escondido. Vocês pensarão então que amando assim não nos envolvemos. Mas enganam-se, é precisamente assim que nos podemos envolver sem medo de nos perdermos. O verdadeiro amor alimenta a independência. “

Acabo de ler isto e penso em mim, na minha vida. E penso que nunca faço isto. Tenho esta necessidade estúpida de nunca estar sozinha… ou tinha! Por medo. Esse medo horrível de se estar sozinho, ou de se ficar sozinho. E se eu tiver a minha família, e os meus amigos, e se tiver Deus grande e pequeno, fico sozinha? Não! Fico bem acompanhada, amada, mas não da forma afectiva que tenho medo que me falte. Mas isto é estúpido, ou não?

Agora, acho que só queria ter essa calma e essa sabedoria de conseguir estar sozinha. De me aceitar, de me conhecer, de fortalecer o “pilar” que sou antes de tentar construir a “ponte”.
E no entretanto? Eu encontro-me e desço a montanha. Enquanto uns outros sofrem…

As dores que provoco, sinto-as muito.
E peço desculpa, porque não as mereço.

3 comentários:

Anónimo disse...
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Anónimo disse...

Enfrento os meus medos e torno-me mais forte! O amor partilha-se, não só se dá nem só se recebe. E apenas quando na solidão aprenderes a ser feliz, poderás fazer alguém feliz.

Anónimo disse...
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